Os olhos ameaçadores
lhe lançaram questões.
Questões pelas quais ela só respondia ao avesso, pois as perguntas eram sempre ao contrário.
Mas pela primeira vez ela se sentia no estranho papel dos tiranos
daqueles que mandam e desmandam,
naquele papel que ela conhecia tão mal.
E se jogou, mesmo sem saber.
Caiu, caiu naquela armadilha em forma de abismo
as armadilhas que se escondem em algum canto de cada mente onde mora o caos.
e assim ela prosseguia destruindo os caminhos
as vilas, as casas e as flores
ela detestava as flores
especificamente aquela que tinha posto numa redoma,
e prometido cuidado e amor eterno.
Assim ela seguia os seus dias de vilania.
Sentindo o gosto amargo da destruição lenta e gradual,
vendo as coisas mais belas do mundo desfalecendo num simples estar.
Era o seu olhar de désdem
esse olhar terrível de um nojento ser superior que se instalou em seu ser.
Agora ela estava tomada
e não sabia como retomar.
Se tudo isso realmente existia
ninguém diria,
não tinha como saber
Suspeitava ser tudo uma invenção dos espinhos
daquela flor
que outrora a acusara
de destruir seu mundo
e esquecê-la na redoma
seca e sem água
esperando o vento chegar
e arrancar suas últimas pétalas
de dor.
Um comentário:
Amiga,
posso me identificar com isto? Achar coincidência ao menos?
TE AMOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!
BEIJOS!
E obrigada por tudo e mais ainda por existir na minha vida!
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