Dorme em cima do ontem,
que amanhã terá tudo de novo.
Na saia suja de poeira velha
daquele ensaio no qual se errou, se acertou e entonteceu
Dos livros que não foram lidos e que serão relidos amanhã.
Na mochila entreaberta na qual se tira e se coloca tudo, sem pudor.
Nos rascunhos de anteontem
Nas músicas do ano passado
Nas contas de todo mês
Junta, acumula, guarda.
Passa por cima do futuro que o passado retorna, sem dó nem piedade, e abala todo o hoje.
2 comentários:
São seus esses poemas? bonitos! e olha que nem gosto muito de poemas, a não ser os do velho Drummond.
Porque eu lhe escrevi uma carta,
porque está no meu blog,
porque escreve tão delicadamente bem.
Porque gosto das meias,
porque gosto de você.
Beijos cheios de porquês.
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